Vale a pena pegar empréstimo para pagar dívidas? Descubra aqui! - Alta Renda BR
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Vale a pena pegar empréstimo para pagar dívidas? Descubra aqui!

Avaliar, planejar e mudar hábitos: o empréstimo pode sim ser a chave para sair das dívidas — desde que usado com inteligência.

Quando não há planejamento financeiro e as dívidas se acumulam, a bola de neve cresce rapidamente. Um pequeno atraso pode se transformar em uma dívida impagável, especialmente quando os juros ultrapassam os 10% ao mês, como ocorre com frequência nas principais instituições financeiras. É nesse cenário que surge a dúvida: será que vale a pena fazer um empréstimo para pagar tudo isso?

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Antes de tomar qualquer decisão, é importante avaliar com frieza a situação. Isso significa listar todas as dívidas, identificar quais têm os maiores juros e entender a real capacidade de pagamento. Só com esse diagnóstico em mãos é possível saber se um empréstimo é de fato uma saída inteligente ou apenas mais um peso nas costas.

Empréstimo para quitar dívidas: solução ou armadilha?

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Contratar um empréstimo pode, sim, ser uma estratégia válida para organizar as finanças. Quando bem-planejado, ele permite concentrar as dívidas em uma só parcela, com um valor mais previsível e, muitas vezes, com juros menores do que os cobrados em cartões ou cheque especial. No entanto, nem sempre essa operação é vantajosa.

Tudo depende das condições oferecidas pela instituição financeira. Se o empréstimo tiver juros muito altos ou um prazo de pagamento muito longo, o valor final pago pode ser superior à soma das dívidas que se deseja quitar. Além disso, é essencial que o empréstimo não vire um novo ciclo de endividamento, o que ocorre quando a pessoa continua gastando além do que pode.

Outro ponto crítico é a disciplina financeira. Não adianta fazer um empréstimo para pagar dívidas se, em seguida, voltar a utilizar o cartão de crédito sem controle. Para que essa estratégia funcione, é preciso compromisso em reeducar o consumo, cortar gastos desnecessários e manter o orçamento em dia.

Comparando os juros: empréstimo pessoal vs outras dívidas

Ao pensar em pegar um empréstimo para pagar dívidas, é fundamental comparar os juros. Os juros do cartão de crédito, por exemplo, estão entre os mais altos do mercado, podendo ultrapassar 400% ao ano. Já o cheque especial também apresenta taxas muito elevadas, que facilmente passam dos 10% ao mês.

Em contrapartida, um empréstimo pessoal costuma ter juros mais baixos. Atualmente, segundo dados atualizados do Banco Central, os empréstimos com desconto em folha têm juros médios de 2,6% ao mês, enquanto os empréstimos pessoais tradicionais ficam em torno de 5,2% ao mês. Embora ainda sejam elevados, são bem mais acessíveis do que os juros das dívidas rotativas.

Portanto, do ponto de vista matemático, vale mais a pena pegar um empréstimo com juros menores e quitar dívidas com juros mais altos. Mas isso só se confirma se a pessoa conseguir negociar boas condições, como prazos compatíveis com sua renda e parcelas que cabem no orçamento mensal sem comprometer a sobrevivência financeira.

Quais os tipos de empréstimo mais vantajosos?

O mercado oferece várias modalidades de crédito, e conhecer cada uma delas é essencial antes de tomar qualquer decisão. O empréstimo consignado, por exemplo, é um dos mais baratos, pois as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício do INSS. Essa garantia reduz o risco para os bancos, o que permite taxas menores.

Já o empréstimo pessoal tradicional, sem garantias, costuma ter juros mais altos, mas é mais acessível para quem não é funcionário público ou aposentado. Outra opção são os empréstimos com garantia, como o refinanciamento de imóvel ou veículo. Nesses casos, os bens são usados como segurança, o que reduz os juros, mas aumenta o risco de perder o bem em caso de inadimplência.

Por fim, há as linhas de crédito oferecidas por fintechs, que podem ser mais flexíveis e ter taxas competitivas. Essas plataformas digitais avaliam o perfil de crédito do cliente de forma mais dinâmica e, muitas vezes, oferecem soluções personalizadas. No entanto, é preciso atenção às cláusulas do contrato e à reputação da empresa.

Como evitar transformar o empréstimo em uma nova dívida

A armadilha mais comum após quitar dívidas com um empréstimo é a falsa sensação de alívio. Muitas pessoas acham que o problema acabou e voltam a gastar como antes. Esse comportamento é o principal inimigo do sucesso da estratégia. O ideal é aproveitar o novo fôlego para construir hábitos financeiros mais saudáveis.

Montar um orçamento mensal realista é o primeiro passo. É preciso entender para onde o dinheiro está indo, identificar desperdícios e priorizar os gastos realmente essenciais. Além disso, criar uma reserva de emergência, mesmo que pequena, ajuda a evitar novos endividamentos em caso de imprevistos.

Outro cuidado importante é evitar novos parcelamentos. Mesmo com as dívidas antigas quitadas, o uso excessivo do crédito pode reacender o ciclo de endividamento. O ideal é evitar o cartão de crédito por um tempo e usar o débito, controlando melhor os gastos. Com disciplina e foco, é possível sair do vermelho de forma definitiva.

Em quais situações vale a pena considerar o empréstimo?

O empréstimo pode ser uma boa solução quando as dívidas já estão comprometendo a maioria da renda e impedindo a pessoa de sair do negativo. Nessas situações, trocar várias dívidas caras por uma com juros menores e prazo fixo pode ajudar a reorganizar as finanças e respirar aliviado.

Também vale considerar essa alternativa quando há risco de negativação do nome ou quando a inadimplência pode afetar a renda, como dívidas bancárias que bloqueiam o acesso à conta corrente. Nesses casos, preservar o crédito pode ser essencial para manter a estabilidade.

O que dizem os especialistas sobre essa escolha?

Muitos economistas e educadores financeiros concordam que pegar empréstimo para pagar dívidas pode ser vantajoso — desde que o novo crédito seja mais barato e não gere um novo problema. O segredo está no controle financeiro que acompanha essa decisão. A troca só vale a pena quando acompanhada de mudanças estruturais no modo de lidar com o dinheiro.

Especialistas também alertam sobre o risco de empréstimos que oferecem carência para o início do pagamento. Embora pareçam vantajosos no início, muitas vezes os juros continuam sendo aplicados nesse período, o que aumenta o valor total da dívida. O ideal é buscar empréstimos transparentes e com cobrança simples.

Por fim, é importante verificar o impacto psicológico. Viver endividado afeta a saúde mental, causa ansiedade e reduz a qualidade de vida. Nesse sentido, o empréstimo, quando bem conduzido, pode trazer alívio e permitir uma nova relação com o dinheiro, baseada em escolhas conscientes e sustentáveis.

Passo a passo para tomar uma decisão segura

Antes de contratar um empréstimo para pagar dívidas, é preciso seguir alguns passos essenciais. O primeiro é fazer um levantamento detalhado das dívidas existentes, incluindo valores, prazos e taxas de juros. Em seguida, é importante buscar simulações de empréstimo em diferentes instituições e comparar condições.

Com as informações em mãos, o próximo passo é fazer as contas: o valor total a ser pago com o empréstimo deve ser menor do que o montante das dívidas atuais. Além disso, a parcela mensal precisa caber no orçamento sem comprometer o essencial, como alimentação e moradia.

Após a contratação, o foco deve ser a mudança de hábitos. Evitar o uso do crédito, controlar os gastos e montar uma reserva de emergência são práticas que garantem que o empréstimo cumpra seu papel: ajudar a sair das dívidas de forma consciente, sem cair novamente no ciclo da inadimplência.

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